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O FELIZ SOL DE 4,1 BILHÃO |
Numa das subidas e descidas das escadas de granito liso do Comitê, meu pé derrapou e para travar um tombo monumental, tive que jogar um peso enorme sobre as pernas. Deste dia em diante, passei a sentir muitas dores nos joelhos.
Sem alarde, fui consultar um ortopedista.
Ele disse que era melhor operar, para chegar ao evento em condições de caminhar.
Com a ajuda de uma boa amiga do Comitê consegui resolver a papelada e marcar a cirurgia para o dia 5 de dezembro.
Sairia um pouco antes dos férias coletivas.
Tudo correu bem e no dia 9 estava em casa.
Trabalhava pelo computador e telefone. Com isso, pude manter-me atualizado dos fatos.
Neste momento algumas ressalvas são importantes.
O ambiente no Comitê era péssimo. Havia uma disputa de poder agressiva.
Todos que tinham alguma patente queriam puxar para seu lado.
Nesta queda de braço coletiva, todos perdíamos.
Eu adotei dua posturas:
1. Aceitar minha subordinação;
2. E tentar ser um canal do diálogo e do bem.
Nas duas decisões desagradei.
Um grupo ficou decepcionado por eu manter minha condição de subordinação ao meu gerente.
O outro ficava tentando me ridicularizar por eu manter o espírito altivo e tentar puxar o astral para cima.
Houve uma reunião da cupúla num hotel da Barra, onde tudo de mais desagradável e mal educado aconteceu.
Pedi a palavra e disse que meu plano era respeitar a hierarquia estabelecida e seguir trabalhando. Convoquei a todos para fazer o mesmo.
Como sempre, minha intervenção foi ridicularizada pelos cínicos.
O cínico é um cara que finge estar jogando a favor, mas passa a maior parte do tempo torcendo contra.
Eu assumia minhas declarações e isto provocava mais desgaste para mim e meu grupo.
Era evidente que estávamos num carnaval de loucura.
O disparate era tanto, que em vista do fracasso iminente da organização, entrou em cena mais um grupo de consultores.
O nosso tempo, que já era escasso, passou a ser mais fracionado, para falarmos de coisas que só adiantavam para montar o tal 'banco de inteligência da informação'.
Imagine um grupo de pessoas altamente técnicas entregando todos os seus conhecimentos para uma empresa de consultoria jogar num banco de dados!!!
Era assim. Reuniões intermináveis, que nunca resultaram em nada prático.
Sabe por que?
Porque estas reuniões não eram para tomar decisões.
As decisões já haviam sido tomadas. SÓ OS MUITO INOCENTES NÃO SABIAM.
NESTE MOMENTO, JÁ NÃO FAZIA PARTE DESTE GRUPO.
JÁ TINHA ENTENDIDO TUDO.
TODO O 'SCRIPT' E O GOLPE.
ERA SÓ UMA QUESTÃO DE TEMPO PARA VER TUDO ACONTECER COMO PREVIRA.
MAS MEU PIOR PENSAMENTO NÃO PODIA IMAGINAR QUE EM JANEIRO, DEPOIS DA SEGUNDA VITÓRIA DO GOVERNO LULA, UM BANDO DO GOVERNO FEDERAL TOMARIA DE ASSALTO O CÔMITE.
EVIDENTEMENTE COM NOSSO DINHEIRO PÚBLICO.
• Consultoria especializada para auxílio dos gestores das cartas de acordo com a FIA/ USP e FGV, com fins de monitoramento da execução das ações destinadas à realização dos Jogos Pan-Americanos Rio 2007;
É ASSIM QUE ESTÁ DESCRITO NO DOCUMENTO DO MINISTÉRIO DOS ESPORTES. MAS COMO EU ESTIVE LÁ, TENDO QUE ATURAR ESTA TURMA, POSSO AFIRMAR QUE A PARTICIPAÇÃO DELES FOI PARA REALIZAR OS NEGÓCIOS.
ALÉM DE TECNICAMENTE DESPREPARADOS, AS PESSOAS QUE ENTRARAM PARA ENCAMPAR A MINHA ÁREA ERAM TREMENDAMENTE MAL EDUCADAS.
PRECIOSODADE DO DOCUMENTO DO MINISTÉRIO DOS ESPORTES: "Vale destacar o apoio dado às áreas finalísticas viabilizando as contratações necessárias para o fornecimento de materiais e serviços demandados, com destaque para o atendimento das demandas relacionadas com a realização dos XV Jogos Pan-americanos de 2007, na cidade do Rio de Janeiro, evento este que exigiu intensa mobilização da equipe para por em funcionamento o escritório temporário do Ministério naquela cidade, o fornecimento de serviços de transporte, materiais de expediente e de apoio administrativo, telefonia, entre outros."
AQUI ESTÁ O DESTAQUE DO QUE FALEI.
FOI SÓ EM 2007 QUE COMEÇAMOS A COMPRAR NOSSAS LICITAÇÕES, COM A AJUDA DOS 'IRMÃOS URSOS' QUE APARECERAM PARA 'AJUDAR'...nunca aceite esta ajuda na sua vida, vai custar uma fortuna....
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